10/01/2007

O TEMPO

O TEMPO
Victor Jerónimo

O tempo corre veloz, fazendo-me perder o inantigivel final das verdades sublimes. As horas trespassam-me como lanças que me ferem no âmago da minha alma. Nada mas mesmo nada se pode arvorar de tempo vivido pois este traidor nos foge como areia entre os dedos. Dedos carcomidos do tempo calejados de angustias vividas mas que mesmo estas se perderam no tempo. Nada sobra para recordar pois o tempo tudo apagou e nem a memoria consegue recordar o vivido em paz ou em guerra pois essa tambem se perdeu. As mãos procuram no vacuo do tempo segurar este, mas ele veloz como uma seta foge-nos sem o podermos controlar e tudo, mas mesmo tudo corre inexoravelmente para o fim que se avizinha cada dia mais perto. Quando ele chegar os olhos se fecharão o sopro findará e finalmente o tempo, esse tempo vencerá ao trespassar-nos a alma. Depois, depois será o vácuo o final onde não mais haverá a preocupação do tempo.

08.08.2005

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