O AMOR?
Victor Jerónimo
O amor? Ai o amor! Coitado do amor!
Como palavra tem sido usado para todas as crenças, invejas e até maldades, mas raramente a sua essência é usada no que a palavra tem em si, O AMOR.
Sinto-me desiludido e frustrado por ler e ouvir tantos a falarem do AMOR, multidões a apregoarem O AMOR e tão poucos a mostrarem O AMOR.
Mostrarem? Bem, na verdade o amor não se mostra, pratica-se. O verdadeiro amor é humilde, envergonhado e só se mostra quando vemos o bem causado por ele e nunca quando alguém nos vem gritar que nos ama.
Amar é uma sublime doação ao nosso próximo, é saber dar sem a espera do receber é sublimar-nos perante o próximo de maneira a que este entenda que é amado verdadeiramente sem ser necessário dizermos que o amamos.
Vejamos quantos no mundo falam em amor e vejamos quantos verdadeiramente amam...
Ver? É muito difícil ver o amor principalmente se ele não existir no nosso coração. Por isso todos falam em amor mas são cegos a este. Falam porque ouvem falar, falam porque sabem assim chegar mais próximo do coração da pessoa, falam para enganar.
Utilizam a palavra AMOR sem nunca o terem sentido em seus corações e muitos pensam que o sentem, mas verdadeiramente nunca o conheceram.
Amar significa doar, darmos inclusivamente a vida pelo nosso semelhante.
E não sorria ao ler-me porque se o faz, você realmente não ama.
Quantos pais deram a vida pelos filhos e quantos filhos deram a vida pelos pais, mas e aqueles que nem sequer conhecem o semelhante que salvaram e morreram na luta e salvamento deste?E escrevendo sobre o amor entre dois seres, o amor que nos leva a constituir família, o amor com que vivemos para sempre até que a morte nos separe?
Ah, como esse amor existe cada vez menos e como cada vez há mais interesses obscuros numa relação onde falam em amor e este não existe nem nunca existirá, pois que o segredo está na grande e sublime AMIZADE.
Muitos deram a vida por nós, mas tão poucos souberam compreender.
Seria bom que todos tentássemos compreender o amor, seria bom e saudável para nós mesmos, seria bom que nos amassemos para entendermos o verdadeiro amor e depois o soubéssemos compartilhar.
Por favor, não me venha falar de amor, quando eu observo que a sua vida é de ódio.
Não seja mentiroso, ame-se primeiro, mostre por actos e não palavra o quanto ama e depois então falaremos de amor.
Recife, 30.Set.2007
Recife, 30.Set.2007