07/07/2007

Semana Mundial do Meio Ambiente (2007) e NO RESCALDO DA SEMANA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE (2007)

Semana Mundial do Meio Ambiente (2007)
Victor Jerónimo(*)
Mais uma vez o homem se prepara para nos alertar que estamos doentes de tanto fumo e outros vis dejectos e que o nosso berço vai ficar moribundo.
Mais um ano de avisos e exigências, gritos de declamantes revoltados, jornais escrevendo revoltantes noticias, ambientalistas mostrando que só eles nos podem salvar.
Tudo uma panacéia para curar todos os males, como se fosse possível passar um esponja na sujidade e livrar-nos do juízo que se avizinha final.
A evolução do homem e a grande revolução industrial no século dezoito não foram planeadas para proteger a Terra, aliás pensava-se que vivíamos numa fonte inesgotável de recursos.
Tudo era fácil desde que o homem deixou de ter que lutar pela sua subsistência com a produção artesanal e se integrou nas empresas ou fabricas do senhor que possuía a maquina milagrosa da produção.
As Revoluções Burguesas são as responsáveis da passagem do capitalismo comercial a capitalismo industrial.
Os grandes melhoramentos introduzidos por James Watt no aperfeiçoamento das maquinas a vapor, veio acelarar de forma irreversível a revolução industrial. A utilização indiscriminada do carvão foi o começo da poluição da Terra em alta escala.
O alastramento e o desenvolvimento a todos os continentes provocou o começo do aquecimento global mais tarde agravado de forma irreversível pelo uso indiscriminado do petróleo.
Os derivados do petróleo, principalmente os obtidos pela destilação atmosférica veio criar o ingrediente fatal para o aquecimento global; gasolina, oleo diesel, querosene, óleo combustível, lubrificantes, nafta, gasóleo, dissolventes, parafinas, alcatrão (asfalto) coque, xisto, fertilizantes e o famigerado plástico um horror de produtos altamente poluentes usados em queima, em gases poluidores ou dissolvidos na terra e nas águas.
Grandes meios de transporte chamados petroleiros que têm destruído todo os grandes ecossistemas ainda virgens da poluição, nos grandes desastres em que estes se partem em duas, três, ou mais partes derramando todo o inferno destruidor que trazem alojado nas suas entranhas.
Poluição dos rios até em áreas remotas como o Amazonas, alta degradação da terra de cultivo onde o uso do DDT foi tão grave que este foi proibido, o corte das grandes florestas.
Aletrina, Tetrametrina, Permetrina, Peroxido de Hidrogenio, Alcalinizantes, Sulfonato de Sódio, Solventes Minerais e todo um conjunto de nomes estranhos que nem temos a preocupação de ler, mas que entram em nossas casas como desinfectantes, inecticidas, lixívias, desodorizantes e muitos mais tudo produtos que causam hipersensibilidade cada vez maior ao homem no lidar o dia-a-dia com estes e que por força da sua fabricação já causou um dano trilhões de vezes maior ao nosso planeta.
Todos estes produtos e muitos mais estão tão inseridos na nossa vida e têm nos dados grandes níveis de conforto que os nossos ancestrais nunca tiveram, que difícil vai ser tirá-los do nosso quotidiano.
Todos sabemos que se tal acontecesse seria o caos final.
E os dirigentes de todas as nações têm melhor que nós a percepção dura do que se passa.
Os tratados firmados entre todos o países como o Tratado de Kyoto para a redução da emissão de gases que provocam o efeito estufa vem-nos mostrar que infelizmente os dirigentes de dois dos maiores países industrializados, USA e Austrália, não aderiram alegando problemas económicos.Como é falsa esta alegação. E os outros países que aderiram não terão o mesmo problema económico?
A politização do estado de saúde do nosso planeta vem mais uma vez mostrar-nos a falsidade, que sempre regeu o homem.
Há que criar comissões ou com qualquer outra designação, mas organizações que tenham o poder de controlar e criar medidas severas para com os países poluidores.
Há que encontrar substitutos não poluentes como por exemplo o hidrogeneo que na sua combustão só emite água e calor.
O homem tem essa grande capacidade de inovar e realmente temos assistido a grandes descobertas para esse melhoramento.
Simplesmente o grande capital não permite a continuidade desses objectivos e só os irá apoiar quando encontrarem neles mais fontes inesgotáveis de receitas que possam substituir as que perderam como o esgotamento ou proibição da emissão de gases poluentes.
Há que começar já e não esperar pelas grandes catástrofes que se avizinham e que serão irreversíveis.
O que está em causa é a sobrevivência da nossa espécie, é a sobrevivência de tudo o que tem vida no nosso amado planeta.
Mas se continuarmos assim este nosso planeta irá desaparecer, irá matar todo o ser vivente existente.Ele continuará até ao fim dos dias, mas será mais um planeta deserto no nosso sistema solar.
(*) Victor Jerónimo Membro 550 da APP - Associação Portuguesa de Poetas; e do GPL - Gabinete Português de Leitura de Pernambuco, Recife/Brasil.
Vice-Presidente da AVSPE - Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores.Esta crónica foi escrita especialmente para o Evento da Semana do Meio Ambiente realizada pela AVSPE.
(http://www.avspe.eti.br/eventos/ambiente/semanadomeioambiente.exe )


Publicado no Jornal Mundo Lusíada


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NO RESCALDO DA SEMANA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE (2007)
Victor Jerónimo
Termina hoje oficialmente a Semana Mundial do Meio Ambiente. Por todo o mundo, houve palestras, discussões, manifestações, alertas, plantio de arvores, mostras de arvores raras, tudo como forma de consciencializar as pessoas e mostrar-lhes o que já é óbvio (só não vê quem não quer) de que o nosso planeta está uma autentica lixeira.
E se você não acredita e é como S. Tomé, ver para crer, experimente ir para lugares inóspitos, daqueles onde só se chega de 4x4 e depois mais uma grande caminhada e garanto-lhe que alguma garrafinha ou saquinho de plástico você irá encontrar.
Embora tudo seja discurso de circunstância e para a maioria dos políticos seja mais um item a cumprir na sua agenda, os gritos de alerta, manifestações, etc, etc, já são passos importantes para a consciencialização e há que realmente passar da palavra à pratica, começando já pelas escolas com disciplinas sobre o meio ambiente.Entretanto os G8 em Heiligendamm, Alemanha, fizeram um acordo para implementar cortes "substanciais" na emissão de gases do efeito estufa, conforme afirmou a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel."Em termos de alvos, concordamos com uma linguagem clara...que reconhece que os aumentos nas emissões de CO2 devem primeiro ser interrompidos e depois seguidos por reduções substanciais", disse Merkel a repórteres durante a reunião no balneário de Heiligendamm.
Segundo ela, os países do G8 concordaram em "considerar" a meta dela de um corte de 50 por cento nas emissões até 2050. Mas os líderes não parecem ter se comprometido a metas específicas.
Os EUA têm resistindo às tentativas de Merkel - que comandou a cúpula - de fixar uma meta específica sobre os cortes necessários aos esforços para combater as perigosas alterações no clima.Mas o acordo, todavia, não estabelece metas especificas para a redução mas sim um principio não vinculativo, defendido pela União Europeia, Canadá e Japão, de que essa redução seja de 50 por cento até 2050.E os EUA não se vincularam totalmente entrando no acordo mas com reservas.
Um dos países mais poluidores do nosso planeta e que tem sofrido com as forças desenfreadas da natureza como os furacões entraram no acordo mas com reservas e propondo um novo ciclo de negociações sobre o clima.
Mas talvez eles tenham razão. A tentativa de construírem um escudo de defesa antimíssil que teria parte de seus componentes instalados no Leste Europeu vem nos mostrar que o nosso planeta pode virar em um segundo um planeta mais brilhante que mil sois.Recife, 08.Jun.2007

1 comentário:

Contestatária disse...

Pena este blog não ter comentários nenhuns , provavelmente porque é desconhecido, o que penso ser uma pena, porque conhece-se um pouco mais de ti.
Gostei de passar por aqui e por favor não desistas
Um beijo