11/11/2007

DA INTERNET PARA O TEATRO TRINDADE EM APENAS UM LUSTRO - A GRANDE VIAGEM DE DANIEL CRISTAL

DA INTERNET PARA O TEATRO TRINDADE EM APENAS UM LUSTRO
A GRANDE VIAGEM DE DANIEL CRISTAL
Falar de alguém da sua obra e da sua trajectória é-me extremamente difícil e por vezes essa análise pode ter pecadilhos involuntários, mas que são feitos de análise profunda do que tenho observado e visto.
Armando Figueiredo com um altérnimo criado Daniel Cristal o homem escritor, poeta, contista, ensaísta e cronista laureado, deu um "salto" daqueles saltos que se dão sem se esperar, sem se contar com ele.
Daniel Cristal que salta do espaço virtual para o espaço teatral, ou seja, da Internet para o espaço cultural da Lisboa cosmopolita.
Analisando a sua trajectória veremos que Armando Figueiredo não era conhecido do vasto público lusófono nem sequer português. Era relativamente conhecido em alguns restritos espaços académicos, jornalísticos, isto porque investia muito pouco na conquista do espaço pertencente à Literatura, especialmente, à Poesia.
Mas, hoje, a sua projecção da virtualidade para a realidade foi tal que não há nenhum espaço na Web onde não seja conhecido nesta específica área da Arte e do Saber.
Armando Figueiredo versus Daniel Cristal passou do espaço virtual, chamado Internet, para a acção cultural do Teatro Trindade, que anima as noites poéticas de Lisboa neste mês de Novembro de 2007.
Sem ter editado livros de papel que parecem não ser necessários para se estar nos grupos de vanguarda literária e ser bastante conhecido, citado e elogiado entre países separados por continentes, o seu percurso foi feito por empatias profundas geradas na Internet, nos chamados sites, websites, portais e blogues; efectivamente, pediram os seus donos, desde o aparecimento do Poeta na Web, poesias e textos seus para serem editados nos seus espaços pessoais, alguns
colectivos, outros jornalísticos.
Num lustro, desde a sua aparição na Net este Autor foi como um espectáculo humano numa viagem de comboio com passagem por muitas e variadas estações, com pessoas a entrar nele, a saudar, a dialogar e a conviver literariamente.
Poucos se apearam, e, quando tiveram que sair, ficou na memória, na maior parte dos casos a afeição e admiração recíprocas. Realmente, o que mais primou neste convívio foi a empatia, e ela percorreu vincadamente e com elegância, todo este trajecto.
Sei que o Autor se surpreendeu com este fenómeno, e não sabe se o há-de aproveitar para aceder ao público livreiro, mundo que nunca lhe interessou verdadeiramente, mas pensa que agora talvez seja oportuno e imperioso deixar algo que possa ser distribuído pelas Livrarias e Bibliotecas, aos leitores que o queiram guardar nas suas estantes para recordar, esses e outros leitores, que durante este lustro se tornaram leitores assíduos e fãs.
O mundo leitor espera por Daniel Cristal e pela oportunidade de colocar na sua estante o(s) livro(s) há tanto esperado(s).
Victor Jerónimo
Vice-Presidente da Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores (AVSPE)
Membro da Associação Portuguesa de Poetas (APP)
Membro do Movimento Poético Nacional - Brasil
Editor e proprietário do Grupo Ecos da Poesia

1 comentário:

Anónimo disse...

A palavra escrita, para quem as lê, depende sempre de vários fatores culturais do observador, principalmente do meio em que ele vive. A decodificação do receptor, pode não ter ter a mesma interpretação de quem a emitiu. E, raramente não a tem. Mesmo irmãos gêmeos univitelinos, ou seja idênticos fisicamente, podem decifrar códigos de maneiras diferentes, porque suas experiências de vidas, são únicas e intransferíveis. A maneira de olhar é diferente para cada ser humano! Victor , merecida homenagem ao grande mestre ARMANDO FIGUEIREDO OU DANIEL CRISTAL. Efigênia Coutinho